Flexibilização de medidas restritivas de combate à pandemia em Santarém preocupa Carlos Martins

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Na sessão de segunda-feira (19), o vereador Carlos Martins (PT) destacou sua preocupação com as novas medidas de flexibilização dos protocolos sanitários contra a Covid em Santarém. O parlamentar acredita que a decisão pode incentivar a população a relaxar nos hábitos preventivos de combate à pandemia, que ainda está com alto índice de contágio na região.

“A minha preocupação com a mudança de bandeiramento vermelho para laranja, é que as medidas tomadas pelo comitê de crise irão flexibilizar alguns setores econômicos e sociais, aumentar a circulação de pessoas sem restrições de horário e ainda causar aglomerações com a abertura das praias. Essas medidas, segundo informou o comitê, foram tomadas de acordo com dados epidemiológicos que apontam diminuição na ocupação dos leitos clínicos. Porém, a taxa de óbitos continua aumentando, os leitos de UTI estão com cerca de 90% de ocupação e a vacinação em Santarém ainda está em torno de 10%. Ou seja, muito longe da barreira imunológica que é de 60 a 70%. Essas informações nos fazem questionar em que dados eles se baseiam para tomar tal decisão. Reforço que considero essa medida precipitada, porque a pandemia ainda não está sob controle em Santarém”, explicou Carlos.

O vereador ainda abordou fragilidade na fiscalização do cumprimento das medidas ainda em vigor no município, “A fiscalização se mostrou muito falha no final de semana. Nós temos uma lei que foi aprovada nessa casa, que dá poder de polícia à equipe de fiscalização. No entanto, o que vimos foi o descumprimento de todas as medidas de segurança. As pessoas se divertindo sem cuidados com o distanciamento social e sem seguir os protocolos de biossegurança. Percebi que houve uma falha nesse sentido e os órgãos de fiscalização não estavam preparados adequadamente para enfrentar a situação”, detalhou o parlamentar.

Carlos Martins ainda criticou o fim do toque de recolher no município, que proibia a circulação de pessoas em determinado horário da noite. Para o parlamentar, a medida foi precoce. “Na minha opinião, o toque de recolher não deveria ter sido suspenso neste momento, pois a circulação das pessoas à noite sem restrições de horário acaba provocando aglomerações”, disse.

Carlos ainda esclareceu que não é contra a reabertura de algumas atividades, mas a população precisa entender que medidas restritivas ainda precisam ser adotadas. “Não queremos de volta o lockdown, não queremos que as restrições sejam ampliadas, mas também não podemos achar que está tudo bem. Nesse momento, é necessário uma fiscalização rigorosa para que nosso município não volte a ter um aumento exagerado de casos, provocando um colapso no sistema de saúde e novamente o aumento das medidas restritivas”, finalizou.

Por Keliane Tomé – Assessora de Imprensa do vereador Dr. Carlos Martins

 

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