Participaram representantes de segmentos diversos da sociedade, sobretudo, por personalidades que lutam pela paz social, assunto por trás da temática da CF 2024 “Fraternidade e Amizade Social”.
É tradição da Câmara Municipal de Santarém realizar as sessões especiais às terças-feiras. No entanto, foi na manhã desta quinta-feira (29), no plenário Vereador Benedito Magalhães, que a Casa abordou um evento tradicional da sociedade brasileira, sobretudo, da comunidade católica: a Campanha da Fraternidade. Sob o tema “Fraternidade e Amizade Social”, a edição 2024 da campanha é promovida pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
Vereador Carlos Martins.
O assunto foi destacado pelo Legislativo, por meio de requerimento do vereador Carlos Martins (PT), presidente da solenidade. “A amizade social significa solidariedade, ser contra a indiferença, contra o preconceito, contra o ódio. A vida pública tem que buscar o bem comum, o melhor para a população, combater as desigualdades, a pobreza, para levar políticas públicas para todas as pessoas de forma inclusiva. Fazer isso na prática; buscar fraternidade na política, e esta Casa é o melhor lugar para se fazer isso. Que a política possa servir para todos de forma muito igual e solidária”, destacou o petista.
Mesa diretora da sessão.
Além do parlamentar, compuseram a mesa dos trabalhos o presidente do Poder Legislativo Municipal vereador Silvio Neto (União); vereador Ronan Liberal Jr. (MDB); Odemar José Pinto de Sousa, Conselheiro da OAB – Subseção Santarém; Padre Ruy Barbosa, Cura da Catedral Metropolitana de Nossa Senhora da Conceição, representando Dom Irineu Roman, Arcebispo da Arquidiocese de Santarém; Luciano Freitas de Oliveira, coordenador arquidiocese da Campanha da Fraternidade; Padre Luís Carlos, coordenador da Pastoral Social da Arquidiocese de Santarém e o Major Wanderlei, subcomandante do 35º BPM.
Ver. Sílvio Neto
O presidente da Casa salientou que “é uma alegria muito grande participar da Campanha da Fraternidade, em que o mundo precisa realmente da amizade, de olhar o ser humano de forma mais caridosa. Que a gente precisa de uma paz no mundo. Trazer esse tema para que possamos ser mais irmãos a exemplo de nosso senhor Jesus Cristo”, ressaltou Sílvio Neto.
Pe. Ruy Barbosa.
O representante da Arquidiocese observou que “a evangelização tem a sua dimensão social, até porque vivemos em sociedade. A campanha vem nos lembrar de que precisamos construir pontes que nos aproximem para, justamente, trabalharmos pelo bem comum, que é uma função de todos nós, seja na dimensão das igrejas cristãs como a Igreja Católica, seja na dimensão civil a partir do Poder Público. Juntar forças, dar as mãos, é um processo de evangelização e de missão na vida social humana”, enfatiza padre Ruy.
Equipe de cantos da CF 2024
Antes e durante a sessão, diversos cânticos foram entoados pelo grupo musical da Campanha da Fraternidade, que reúne integrantes de diferentes paróquias de Santarém (Marcos Abraão, Carlos Jaime e Elenive Santos e Edylucas Rodrigues). O coordenador da CF 2024 citou a preparação da equipe para desenvolver a campanha. “Nós trabalhamos e nos preparamos nas formações que tivemos no Centro de Formação Emaús, através do método ‘Ver, Iluminar e Agir’”, explicou Luciano Freitas de Oliveira.
Luciano de Oliveira coordena a CF.
De acordo com ele, a CNBB disponibilizou alguns subsídios para serem trabalhados como a “Via Sacra”, a “Via Lucis”, a “CF em família” e os “Jovens na Campanha da Fraternidade”. “Cada paróquia, cada área com as suas lideranças, vai fazer, em dinâmicas e através de questões que vão discutir de casa em casa, na sociedade, nas escolas”. Luciano Oliveira parabenizou o vereador Carlos Martins por ter solicitado a sessão “para que discutisse um tema tão importante que é a amizade social, que em muitas circunstâncias está distante”.
Edição 2024 da Campanha da Fraternidade – com o lema “vós sois todos irmãos e irmãs” – encontrado na Bíblia Sagrada no livro de Mateus 23, 8 – a Campanha da Fraternidade 2024 busca, de acordo com a CNBB, abrir o caminho para a paz social entre os cidadãos, para que questões políticas ou de qualquer outro segmento não sejam empecilhos para vivermos em harmonia.
A campanha teve início em 1961, quando três padres que trabalhavam na Cáritas Brasileira, um dos organismos da CNBB, planejaram uma campanha para arrecadar recursos a fim de financiar as atividades assistenciais da instituição. A essa ação, eles batizaram de “Campanha da Fraternidade”. (Fonte: site da CNBB)
Por Jefferson Santos – jornalista da Ascom / Câmara de Santarém
