O vereador Carlos Martins (PT), reforçou na sessão da Câmara Municipal de Santarém, nesta quarta-feira (12), a importância da valorização dos profissionais de enfermagem. Ele ressaltou que, com a pandemia, a sociedade tem reconhecido mais o papel dos trabalhadores da saúde
“Eu acredito que esse é o momento em que essa profissão está sendo mais valorizada pela população. Infelizmente, a pandemia expôs as desigualdades na saúde, assim como, a necessidade de se valorizar mais os profissionais de saúde de um modo geral. Quero também destacar os mais de 800 profissionais de enfermagem que morreram em nosso país, na luta contra a Covid”, expressou Carlos Martins.
O parlamentar ainda lembrou que o país conta com mais de 2 milhões de profissionais de enfermagem e que a luta da classe não é somente por melhorias salariais, mas também por melhores condições de trabalho. “A luta é para que esses profissionais possam trabalhar em condições dignas. Nós temos que discutir, por exemplo, as rotinas exaustivas de trabalho. Hoje os enfermeiros estão trabalhando mais do que 30h e ainda não recebem as folgas que tem direito, além disso, faltam recursos para desenvolverem suas atividades”, explicou.
O vereador ainda falou sobre o recurso da insalubridade dos profissionais de enfermagem do município. “No nosso município os profissionais ganham 20% de insalubridade, mas a legislação diz que deve ser 40%, principalmente para os profissionais que trabalham na UPA que estão expostos todos os dias aos riscos de contaminação por diversas doenças. E nós não temos aqui em Santarém os 40%, isso é injusto e incorreto”, complementou. Carlos finalizou lembrando o modelo assistencial da saúde existente em Santarém. “Será que a terceirização é o melhor caminho? A experiência que estamos tendo aqui no
município nos dá essa tranquilidade em dizer que fizemos a melhor escolha? Eu continuo a fazer essa pergunta e a resposta ainda não foi suficiente para me convencer. Nós estamos vendo agora um processo seletivo no município, que o salário do enfermeiro vai ser 2.600 reais com a insalubridade de 20%, enquanto nós estamos lutando pela aprovação de um piso de 7.315 reais. E esse profissional vai trabalhar na UPA, no HMS, e no SAMU. Eu não entendo isso como uma decisão correta. Finalizo, lembrando que precisamos priorizar a saúde e isso é investir na prática com mais recursos do governo do estado e com a parceria que foi tão divulgada durante a campanha, mas que infelizmente não está ocorrendo plenamente”, finalizou.
Por Keliane Tomé – Assessora de Imprensa do Vereador Carlos Martins