Greve no SAMU preocupa Kalahare por ameaçar atendimentos à população

0

O parlamentar reuniu com a coordenação do Serviço para evitar que o movimento dos médicos iniciado no domingo (10), em decorrência de pendências trabalhistas, prejudique os usuários.

Na manhã desta segunda-feira (12), o vereador Biga Kalahare (PT) reuniu com o coordenador do Serviço Móvel de Urgência (SAMU) Josiel Colares, o coordenador técnico dos médicos do serviço Jornes Pontes e com a representante do sindicato dos médicos do Pará em Santarém Nástia Irina, para tratar sobre a greve dos médicos do SAMU. O parlamentar foi em busca de esclarecimentos sobre os três meses de salários atrasados dos oito médicos cubanos, fixos e substitutos, que atuam no SAMU, o que gerou a paralisação.

O responsável técnico informou que o mês de abril já foi pago aos médicos e todos retornaram às atividades, e que os meses pendentes (maio e junho) serão quitados até o dia 21 de julho. Ele relatou que o SAMU sempre enfrentou problemas com o pagamento de médicos e que sua empresa é responsável por repassar os valores aos profissionais. A folha de pagamento gira em torno de R$ 74 mil.

A representante do SINDMEPA alegou que é necessário solucionar esse problema, pois os médicos não podem trabalhar sem receber. “Para você ter um SAMU funcionando você tem que ter gente capacitada. O SAMU atualmente não cumpre às leis pertinentes para atender uma população de trezentos mil habitantes. A Secretaria Municipal de Saúde (SEMSA) têm conhecimento dessas irregularidades. Quem é responsável por tudo isso é a Secretaria. A prefeitura não quer se adequar às leis do SAMU e precariza o serviço”, disse Nástia.

Os médicos cumprem plantão de 12 horas por dia. São dois profissionais trabalhando diariamente. Um plantão equivale R$ 1 mil, mas, com os descontos, o valor reduz para R$ 800.

Biga destacou a preocupação com os serviços oferecidos à população e com a situação trabalhista dos médicos, que são de nacionalidade cubana e precisam cumprir uma série de requisitos para atuar no Brasil. Muitos não possuem registro no Conselho Nacional de Medicina e não fizeram o Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos, uma prova realizada anualmente para validar diplomas médicos expedidos por universidades fora do Brasil.

“Estamos intervindo nessa situação. A nossa maior preocupação é com a população que não pode ficar sem assistência e com a situação trabalhista desses médicos pendente. A maioria está trabalhando de forma irregular. Sabemos que eles necessitam do emprego, mas a Secretaria Municipal de Saúde têm o dever de fiscalizar e saber quem está contratando. Nós sabemos que os médicos são essenciais para a saúde de Santarém, e precisamos garantir que a prefeitura não utilize essas informações para não pagar esses profissionais”, finalizou o vereador.

 

Por Daína Aben-Athar-Assessora de Imprensa do vereador Biga Kalahare

Compartilhar:

Os comentários estão fechados.

Acessibilidade