Vereadores vão a Brasília para tratar de desdobramentos na polêmica “doença da urina preta”

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Acompanhados do deputado federal Júnior Ferrari (PSD), parlamentares da Câmara de Santarém foram ao Ministério da Agricultura para saber como a pasta tem lidado com o problema. Prazo indefinido para resultado de pesquisa e falta de recursos foram algumas das respostas.  

 

Jandeilson Pereira (DEM)

Nesta semana, os vereadores Jandeilson Pereira (DEM) e Ronan Liberal Jr. (MDB) foram a Brasília buscar soluções e entender a problemática criada com a situação da “doença da urina preta”, possivelmente causada pela ingestão de algumas espécies de peixes contaminadas, o que tem gerado prejuízos a pescadores e comerciantes do ramo em Santarém e no estado em geral.

O democrata foi à tribuna, na sessão desta quarta-feira (22) para repercutir essa agenda em Brasília, que contou com o apoio do deputado federal Junior Ferrari (PSD).

A primeira reunião foi com o secretário nacional de Defesa Agropecuária, José Guilherme Leal “porque ele é o responsável de investigar a causa; se realmente é do peixe, se o ministério tem informação. Ele nos repassou que está sendo feita uma investigação por um laboratório em Santa Catarina”. Jandeilson inseriu que há suspeita de que pessoas que não se alimentaram de peixe contraíram a doença. Sobre a pesquisa no laboratório catarinense, o vereador ressaltou que José Guilherme não teria dado um prazo certo para o resultado.

A segunda reunião foi com o secretário adjunto da Pesca do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Jairo Gund, para, segundo Jandeilson, sondar de que forma a secretaria poderia ajudar os pescadores com relação à renda deles. O vereador, que é pescador, afirmou que a maioria dos trabalhadores tem o Registro Geral da Pesca (RGP). Gund teria respondido que a Secretaria da Pesca não tem nenhuma previsão orçamentária para atender ao pleito, mas teria ficado combinada uma reunião com o Ministério da Cidadania para verificar essa possibilidade.

Outra demanda foi sobre o relatório de produção dos pescadores, o qual estaria sendo exigido pelo ministério que fosse disponibilizado trimestralmente. “Somos contra a forma com que o Governo Federal colocou. O nosso pescador não tem internet, sobretudo, quem mora no interior. Como a colônia de pescadores vai fazer isso de três em três meses?”, questionou.

O encaminhamento principal foi a realização de uma audiência pública, proposta articulada pelo deputado Junior Ferrari. “Vamos para lá mostrar a eles que o ‘nosso país’ é diferente”, enfatizou o democrata, referindo-se à diversidade do país, especialmente no setor da pesca, em que a região amazônica se diferencia de outros lugares com relação ao pescador, que aqui vive em sua maioria na zona rural, enquanto que em outras regiões o pescador mora na zona urbana.

Por Jefferson Santos – jornalista da Ascom/Câmara

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